terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

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Yakusa 3- lançamento para Ps3



A máfia japonesa retorna sem deixar os antigos contratos de jogabilidade.
Um dos jogos mais aguardados desse ano, Yakuza 3 dá continuidade à tradicional franquia que teve o seu início no PS2 em 2006 (2005 no Japão). O pano de fundo agora traz uma Kamiacho localizada na cidade de Okinawa — diferentemente da Kamiyacho de Yakuza 2, que fora enxertada na região de Osaka.A equipe do Baixaki Jogos teve acesso recentemente à demonstração japonesa do jogo, trazendo um espaço restrito dentro de Kamiyacho e também uma boa dose de movimentos, golpes, armas e minigames típicos da série. Bem, como você deve ter imaginado, a demo estava toda em japonês, o que provavelmente limitou um pouco a nossa experiência.

Apesar disso, muito do que fez o sucesso dos jogos anteriores ainda está presente, até com algum refinamento. Vai apenas uma ressalva para o clima muito “old school” de alguns movimentos. Digamos que, não obstante os gráficos melhorados e toda a perfumaria que normalmente acompanha uma seqüência, a franquia acaba mantendo um pé na geração anterior de consoles.

De volta a Kamiyacho

A demonstração traz o retorno de Kazuma Kiryu, o “Dragão da Família Dojima”, para a cidade de Kamiyacho. Ou, vá lá, um trecho dela. As primeiras cenas cinematográficas — um dos fortes da série — trazem o velho clube Stardust, onde algumas garotas são expulsas por um membro da Yakuza bêbado.

Sair perambulando pelas redondezas antes de entrar no clube é uma possibilidade, é claro. Aliás, é até uma boa oportunidade para conferir o bom tratamento dado pela Amusement Studio a fim de conferir mais realismo aos ambientes urbanos. As ruas trazem dezenas de pessoas com movimentos aleatórios bastante naturais. Os bons transeuntes/figurantes também reagem de forma convincente à presença de Kazuma, desviando-se ou mesmo se estatelando no chão após um empurrão.

Também é possível encontrar nos becos da cidade algumas boas oportunidades para testar o velho-novo sistema de combate, conforme alguns encontros aleatórios acontecem. No mais, talvez a idéia seja simplesmente partir para o Stardust para entender o que de fato se passa no local.





“Beat em up” clássico

Pelo pouco que se pode apreender dos diálogos (convenientemente legendados também em japonês, claro), Kazuma e mais dois companheiros são ameaçados por um grupo de Yakuzas. A partir daí, é o mais puro “beat-em-up”. O grupo parte quase todo pra cima de Kazuma, sendo que os seus dois companheiros ficam numa espécie de luta coadjuvante (aparentemente sem muita serventia).

Quem jogou Yakuza Kenzan (que infelizmente nunca chegou a esse lado do oceano) provavelmente vai se sentir em casa com o esquema de luta de Yakuza 3. Aliás, não apenas no combate, mas toda a construção do jogo é feito em cima da engine de Kenzan. Para os demais, bem, uma ponte com as primeiras versões para PS2 acaba sendo também viável, salvo alguns refinamentos.

Uma das boas novidades é a nova possibilidade de ligar armas diferentes às direções do direcional analógico do PS3. A demonstração traz apenas três armas: nunchaku, bastão e soco-inglês. Cada arma vem acompanhada de um número que, estranhamente, determina o número de golpes que podem ser desferidos.

Uma dica? Reservar as armas para mandar para o outro mundo o líder do grupo, que acaba puxando uma espada quando as coisas ficam feias. Até lá, para dar cabo dos capangas, o negócio é jogar ou bater com toda a mobília disponível no clube, incluindo abajures, bancos e até pufes. Uma boa idéia é utilizar correntemente o bloqueio de Kazuma (L1). Bem, isso no nível normal. No nível fácil o famigerado inimigo fica bem mais brando.

Bem, então, por que “old school”?

É verdade que Yakuza apresenta detalhes novos e, de forma geral, o sistema de batalha flui tranquilamente. Entretanto, alguns detalhes fazem muito lembrar jogos da geração passada de consoles. Inclua-se nisso os movimentos exageradamente bruscos do protagonista, algumas expressões faciais um tanto artificiais e até mesmo uma certa falta de detalhamento em partes do cenário. Enfim, trata-se sim de um jogo novo, mas sem deixar de ser também meio velho.

Entretanto, quem teve a oportunidade de jogar os primeiros títulos vai notar que algo tremendamente inconveniente foi agora evitado: as longas telas de carregamento que precediam cada luta. Os combates agora iniciam rapidamente e, após todos os inimigos beijarem o chão, a câmera simplesmente se afasta um pouco, e você poderá novamente perambular pelo cenário. Sem dúvida uma ótima melhoria.

No mais, o negócio é esperar pelo produto final. Porém, apesar das melhorias e do fato de Yakuza 3 poder ser divertido, fica a dúvida se, afinal, todo o alarde feito será realmente justificado.

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